Banheiro com madeira.

Tempos atrás foi feito um famoso puxadinho lá na chácara. Um banheiro para o quarto dos meus pais e um quartinho de ferramentas.








Começou assim:

As telhas da casa são romanas. Mas como temos muitas telhas francesas lá, decidimos reaproveitá-las e fazer o puxado usando as francesas mesmo. No ponto de junção entre os dois tipos de telhas deixamos um recobrimento maior para evitar entrada de água durante chuvas com vento. Depois, se necessário emboçamos com massa esse ponto.

A viga lateral unida à viga já existente da casa.

O encaixe entre as duas. Como as vigas são de dimensões diferentes, além de inclinação diferente também, ficou assim. A viga antiga parece podre, mas é só a casca, é uma viga de angico com o cerne totalmente sadio.

Todas essas ripas estão soltas, são apenas a sobra das ripas do lado que já está com as telhas.


Para as emendas das ripas eu uso o ryoba. O cabo original dos ryobas da marca Gyokucho permitem que você incline o cabo, facilitando o corte das ripas já pregadas.

Para pregar as ripas eu uso um gabarito, também chamado de galga. Em cima: Aponto o prego, posiciono a ripa com o gabarito, e termino de bater o prego. Em baixo: a última ripa deve ser dupla ou então usar um caibrinho (como eu usei) e deve ter uma galga menor, para a telha formar uma pingadeira. Eu simplesmente fiz um risco no gabarito e posicionei o caibrinho por ele.

Medir a galga a partir das telhas é o correto para que todas fiquem bem encaixadas.

Na ponta do beiral, usamos uma viga, por isso preciso fazer o encaixe para ela ficar da mesma altura dos caibros. Marco a espessura da viga e, com a suta, eu pego o ângulo de inclinação do telhado em qualquer um dos caibros já colocados.

Transfiro o risco com a suta e depois serro o encaixe.

O encaixe mão-de-amigo sendo feito na viga já existente. A parte vermelha é a parte que vai ser serrada fora. Em preto as setas que indicam a sequência de corte.

Posicionando a viga nova no local, por trás da viga antiga, e marcando com lápis o encaixe. Depois, com a viga nova no chão, serramos e testamos o encaixe. Já ficou quase perfeito, seria o suficiente para um encaixe de carpintaria.

Perfeccionista que sou, ajustei o encaixe e obtive uma junção perfeita.

Decidimos não usar calha nem capa na lateral do telhado novo. Por isso deixamos as ripas saindo para fora da viga lateral, assim as telhas formam um beiral que protege a madeira da umidade.

Todas telhas do beiral foram amarradas.

A porta do quarto para o banheiro. O quadro eu fiz em caixeta e a almofada em compensado de 4 mm.

Quando o forro é inclinado as molduras nos cantos nunca encaixam perfeitamente, sempre dá uma diferença entre elas. Decidi então fazer uma cantoneira com um toquinho de madeira para que as molduras morram nessa cantoneira, assim os cortes são retos e bem mais simples de serem feitos. Na ponta de cada toquinho fiz um detalhe na serra fita, lembrando um pingente.

A moldura da parte de baixo teve de ser serrada em ângulo.

Como as paredes estão qualquer coisa, menos retas, precisei fazer uma série de cortes (alguns em cunha) na parte de trás das molduras para que fosse possível curvá-las e acompanhar as "ondas" das paredes.

Usei peroba para os tocos nos cantos e pinus para as molduras, a mesma madeira do forro.

A moldura da janela. Fiz um rebaixo para ela sobrepor os azulejos e ficar um acabamento melhor. Usei cedro pois é uma área que vai molhar, já que a janela fica dentro do box.


Fiz uma moldura também por baixo da viga, e dei continuidade a ela ao redor dos tijolos de vidro. Usei peroba, a mesma madeira da viga.

Uma escada para diminuir o degrau entre o quarto e o banheiro.

Ela pode ser removida facilmente para limpar o banheiro.

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